"O Braço Esquerdo de Deus" de Paul Hoffman [Opinião Literária]
Título: O Braço Esquerdo de Deus
Autor: Paul
Hoffman
Editora: Porto
Editora
Coleção: Trilogia O
Braço Esquerdo de Deus
Sinopse:
A sua chegada
foi profetizada. Dizem que ele destruirá o mundo. Talvez o faça…
«Escutem. O
Santuário dos Redentores, em Shotover Scarp, é uma mentira infame, pois lá
ninguém encontra santuário e muito menos redenção.»
O Santuário
dos Redentores é um lugar vasto e isolado – um lugar sem alegria e esperança. A
maior parte dos seus ocupantes foi levada para lá ainda em criança e submetida
durante anos ao brutal regime dos Redentores, cuja crueldade e violência têm
apenas um objectivo – servir a Única e Verdadeira Fé. Num dos lúgubres e
labirínticos corredores do Santuário, um jovem acólito ousa violar as regras e
espreitar por uma janela. Terá talvez uns catorze ou quinze anos, não sabe ao
certo, ninguém sabe, e há muito que esqueceu o seu nome verdadeiro. Agora chamam-lhe
Cale. É um rapaz estranho e reservado, engenhoso e fascinante. Está tão
habituado à crueldade que parece imune a ela, até ao dia em que abre a porta
errada na altura errada e testemunha um acto tão terrível que a única solução
possível é a fuga. Mas os Redentores querem Cale a qualquer preço… Não por
causa do segredo que ele sabe mas por outro de que ele nem sequer desconfia.
Opinião:
Este é um
livro estranhamente viciante. E porquê estranhamente? Porque simplesmente não era
nada do que estava a espera: para um livro de fantasia, não possui componentes
que o definam como tal; alguns diálogos evidenciam um tom juvenil mas as
descrições intensas e violentas contradizem este facto; o mundo criado pelo
autor é inicialmente bem desenvolvido para depois carecer de aprofundamento. Contudo,
o enredo tem o seu encanto e acaba por suplantar algumas falhas.
As
personagens são marcantes e a estória possui elementos históricos e religiosos
interessantes. Na verdade, denota-se uma crítica subjacente à religião
organizada e ao extremismo que esta pode alcançar.
Apesar de
assentar sobre alguns lugares-comuns do género, a estória não é desprovida de
frescura ou originalidade. Hoffman deixa o leitor constantemente curioso
relativamente ao rumo que a estória de Cale levará, o que me motiva bastante
para ler o próximo volume.
Adorei o sua opiniao estou ansioso por ler...
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