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quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

"A Princesa Guerreira" de Barbara Erksine [Opinião Literária]

 

Título: A Princesa Guerreira
Autora: Barbara Erksine
Editora: Planeta

Sinopse:
Jess, professora em Londres, é vítima de um ataque de que não consegue recordar-se. Tudo indica que o agressor é um homem que a conhece bem. Assombrada pelo medo e pela suspeita, Jess refugia-se na casa isolada da irmã, na fronteira do País de Gales. O silêncio que procura é, porém, interrompido pelo choro de uma misteriosa criança.
A casa, a floresta que a cerca e o vale mais abaixo transportam ecos de uma grande batalha, travada dois mil anos antes. Ali caiu Caratacus, liderando a resistência das tribos da Britânia aos invasores romanos. O rei foi capturado e levado para Roma como prisioneiro, juntamente com a mulher e com a filha, a princesa Eigon. Sentindo-se impelida a investigar a história de Eigon, Jess segue os seus passos até à Roma de Cláudio e de Nero, onde a princesa assistiu ao grande incêndio, presenciou a perseguição movida aos cristãos e privou com o apóstolo Pedro. Aqui, talvez o mistério da extraordinária vida de Eigon se desvende, ou Jess se abandone progressivamente à sua obsessão, arriscando uma proximidade crescente com o seu agressor.

Opinião:
Neste livro apresentam-se dois séculos, alternando entre a vida de Jess, nos dias de hoje, e o quotidiano de Eigon, na época romana. Esta dualidade temporal não é propriamente original e penso que nesta obra acaba por ser pobremente executada.
As partes da estória no passado foram sem dúvida mais substanciais e cativantes, enquanto o relato de Jess aparenta ser apenas um acessório e muito menos apaixonante. A vida de Eigon é descrita de forma fluida, com os cenários bem desenvolvidos e descritos. Com uma linguagem eloquente, a cultura romana é explorada de uma forma interessante. Por sua vez, no presente os diálogos são um pouco forçados e os acontecimentos incoerentes e pouco credíveis. Esta divergência de a nível de conteúdo deixou-me bastante confusa e desiludida.
Em suma, a premissa deste livro é bastante boa, apesar de pouco original, mas a sua execução deixou muito a desejar.

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