"Pátria" de R. A. Salvatore [Opinião Literária]
Autor: R. A.
Salvatore
Editora: Saída de
Emergência
Coleção: Trilogia do Elfo
Negro (nº1)
Sinopse:
Nas
profundezas da terra e rodeada de trevas eternas, esconde-se a imensa cidade
proibida de Menzoberranzan. Habitada pelos drows, os temidos elfos negros,
Menzoberranzan é governada por um complexo sistema de Casas em constante
batalha. No meio de uma dessas batalhas nasce uma criança com olhos cor
púrpura. A criança, Drizzt Do'Urden, destinada a tornar-se príncipe de uma das
Casas, cresce num mundo vil onde a sua própria família não hesita em conspirar,
trair e assassinar. Surpreendentemente, Drizzt desenvolve um sentido de honra e
justiça completamente estranho à sua cidade. Mas haverá lugar para ele num
mundo onde a crueldade é a maior virtude? Venha descobrir Drizzt, o elfo negro,
uma das personagens mais lendárias da fantasia. E acompanhe-o na épica e intrépida
jornada para longe de um mundo onde não tem lugar... em busca de outro, na
superfície, onde talvez nunca o aceitem.
Opinião:
Quando penso
em elfos a imagem que me vem à mente é precisamente o estereótipo predominante
na literatura fantástica: seres belos e magnânimos, que habitam a floresta e
possuem sabedoria e sensatez em grande medida. R. A. Salvatore quebra todas
estas convenções ao apresentar-nos os Drows, uma espécie de elfos negros que
habitam no subsolo e pouco devem à bondade. Numa sociedade em que impera a
sobrevivência do mais forte, onde o homicídio para subir na hierarquia é
permitido e encorajado desde que não haja provas que indiquem um culpado, os
Drows vivem permanentemente a olhar por cima do ombro se querem sobreviver. Ou
então, a aniquilar todas as possíveis fontes de perigo antes de eles próprios
serem atacados. A prioridade é aplacar a Deusa Aranha, uma entidade cruel e
nefasta que promove a ambição desmedida deste povo.
É
precisamente numa batalha para subir na hierarquia, mais concretamente na
destruição da Casa DeVir pela Casa Do’Urden, em que nasce o protagonista
Drizzt. No seio de uma verdadeira carnificina, em vez de sacrificado à deusa, é
permitido a Drizzt que sobreviva. Ao contrário do que seria esperado, este bebé
de olhos púrpura revelar-se-á com uma mentalidade completamente oposta à da sua
família. Drizzt torna-se num guerreiro excecional, um estratega inteligente e
um indivíduo corajoso e destemido, mas com um código de honra que poderá pôr em
causa a sua sobrevivência nesta sociedade malévola. Ao longo da estória
acompanhamos o crescimento de Drizzt, o seu percurso enquanto jovem aprendiz de
guerreiro, à medida que questiona os costumes hediondos do seu povo. Mas será
que o seu coração permanecerá puro perante as atrocidades que irá presenciar?
É escusado
frisar que o protagonista cativou-me desde o início, mas as restantes
personagens não deixam de ser fantásticas. Um especial destaque para Zaknafein,
mestre de armas da Casa Do’Urden e o único que partilha a perspetiva de Drizzt;
Guenhwyvar, uma pantera negra leal; e mesmo Vierna, uma sacerdotisa e irmã de
Drizzt que parece ter uma réstia de compaixão, apesar da sua crueldade.
O universo
criado por Salvatore é original, o enredo é fascinante e a narrativa é ao mesmo
tempo simples e envolvente. Porém, este é apenas um primeiro volume e é notório
que esta é apenas uma introdução a este mundo. Não esperem, pois, um final
conclusivo, mas sim um desenlace que alicia o leitor para os próximos volumes. Recomendo vivamente aos amantes de fantasia
pura!
Olá,
ResponderEliminarEste livro está sem a menor duvida muito bom só tenho pena que com a vinda do nosso Elfo Negro para a superfície as coisas não tenham melhorado, gostei muito mais dele de onde é originário.
Fiquei pela trilogia, ainda assim quem lê este livro quer obviamente saber mais das aventuras e lê se bem :)
Bjs e boas festas ;)
Ainda bem que gostaste da trilogia, tenho os dois próximos volumes à espera na estante :)
EliminarBeijinhos e Boas Festas *