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sábado, 17 de agosto de 2013

"Insurgente" de Veronica Roth [Opinião Literária]

Título: Insurgente
Autora: Veronica Roth
Editora: Porto Editora
Coleção: Divergente (nº2)

Sinopse:
A tua escolha pode transformar-te - ou destruir-te. Mas qualquer escolha implica consequências, e à medida que as várias fações começam a insurgir-se, Tris Prior precisa de continuar a lutar pelos que ama - e por ela própria.
O dia da iniciação de Tris devia ter sido marcado pela celebração com a fação escolhida. No entanto, o dia termina da pior forma possível. À medida que o conflito entre as diferentes fações e as ideologias de cada uma se agita, a guerra parece ser inevitável. Escolher é cada vez mais incontornável... e fatal.
Transformada pelas próprias decisões mas ainda assombrada pela dor e pela culpa, Tris terá de aceitar em pleno o seu estatuto de Divergente, mesmo que não compreenda completamente o que poderá vir a perder.
A muito esperada continuação da saga Divergente volta a impressionar os fãs, com um enredo pleno de reviravoltas, romance e desilusões amorosas, e uma maravilhosa reflexão sobre a natureza humana.

Opinião:
Após Divergente, o primeiro volume de uma saga que introduz um mundo distópico segregado em cinco fações, não esperava uma continuação tão fantástica, envolvente, absolutamente viciante!
Perante um clima de grande tensão, em plena guerra entre fações, esta sociedade anteriormente tão perfeita desfaz-se em bocados enquanto fações são destruídas e pessoas mortas para satisfazer a ambição e arrogância dos seus líderes. Por conseguinte, as personagens surgem mais duras, mais determinadas, sem lugar para piedade ou misericórdia se pretendem sobreviver.
Também Tris está mudada. Cega de dor e culpa pelas escolhas que tomou no final do volume anterior, esta protagonista terá de lutar contra os seus medos e inseguranças. Tris é, para mim, a personagem mais realista de todas, retratando a imperfeição da humanidade. Mais do que um produto da sua educação na Abnegação, mais do que a sociedade espera de si enquanto Intrépida, Tris é Divergente e encerra em si mesma coragem e determinação, medos e insegurança, egoísmo e uma tremenda capacidade de amar. No fundo, uma personalidade holística, a essência do ser humano.
Quatro, por sua vez, mantém o seu encanto, ainda que, na minha opinião, tenha sido ultrapassado por Tris neste volume. A ligação entre ambos é testada inúmeras vezes ao longo da estória, trazendo profundidade a esta relação.
A componente romântica não é, contudo, o foco desta estória. O enredo aprofunda cada vez mais a origem desta sociedade distópica, desvendando pouco a pouco os segredos e mentiras que a construíram. São finalmente exploradas a fundo as restantes fações, levando o leitor a perceber o seu funcionamento interno. A narrativa é intensa, avassaladora, repleta de ação, reviravoltas surpreendentes e revelações chocantes. A autora não tem receio de fazer as suas personagens sofrer, tornando esta uma obra dura, cruelmente realista.
Esta é uma das poucas vezes em que posso dizer que um segundo volume me entusiasmou mais do que o primeiro! Veronica Roth superou em grande medida as minhas expectativas, elevando a estória para um patamar mais obscuro e intenso. E o desenlace final? Extraordinário! Sem querer revelar demasiado (e acreditem, há muito para revelar), posso tirar uma conclusão deste final: nada nesta estória voltará a ser como dantes! 

2 comentários:

  1. Eu também adorei este livro.. Era tudo aquilo que eu esperava que a Veronia escrevesse.. E aquele final.. Estiu mesmo ansiosa pelo terceiro livro.. Beijinhos*

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    1. Aiii também eu *.* Tenho que ler o 3º tipo...JÁ! xD
      Beijinhos*

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