A Thousand Frames: "O Hobbit - Uma Viagem Inesperada"
Género: Aventura/Fantasia
Realizador: Peter Jackson
Estreia: 13
de Dezembro de 2012
Elenco: Martin
Freeman; Ian McKellen, Richard Armitage
Este filme
compõe a primeira parte de uma das trilogias cinematográficas mais aguardada
dos últimos tempos! Confesso que a ideia de transpor para o grande ecrã a obra O Hobbit fragmentada em três partes não
me parecia muito exequível, na medida em que é um livro pequeno (cerca
de 260 páginas) e com um tom claramente mais juvenil do que a
sua sequela, O Senhor dos Anéis. Como
seria Peter Jackson capaz de extrair qualquer tipo de drama desta estória e
estendê-la por 3 filmes? Continuo a não perceber muito bem esta decisão mas
colocando as questões monetárias à parte, a verdade é que este primeiro filme
funciona muito bem como uma introdução à famosa estória do Anel.
Enredo:
O Hobbit – Uma Viagem Inesperada transporta
para o grande ecrã a aventura épica protagonizada por Bilbo Baggins, cerca de
60 anos antes da descoberta do anel por Frodo. Acompanhado por 13 anões e o sábio
feiticeiro Gandalf, Bilbo enfrentará sérios perigos para resgatar o reino de
Erebor das garras do invencível dragão Smaug.
Com algumas
alterações e muitas adições de pequenos detalhes (a maioria provenientes dos
apêndices da obra O Senhor dos Anéis)
para preencher o total das quase 3 horas de filme, esta não será certamente uma
adaptação totalmente fiel da obra de Tolkien. Aliás, para quem aprecia um filme
com uma estrutura convencional (início, meio e fim), deverá ter em conta que
este é apenas um terço da estória original e, como tal, parece que se prolonga
excessivamente em alguns momentos. Ainda assim, a ação é constante e transmite
eficazmente a sensação de estarmos a experienciar uma aventura épica!
Cenários
& Efeitos especiais:
Como
qualquer filme de fantasia que se preze, os efeitos especiais e a elaboração
dos cenários estão impecáveis. A banda sonora e o guarda-roupa dão o
complemento final a todo este magnífico quadro da Terra Média. Fascinou-me,
impressionou-me, deslumbrou-me!
Elenco:
Os três
papéis principais não poderiam ter sido melhor atribuídos! Ian McKellen,
obviamente, com um desempenho exímio enquanto Gantalf, o feiticeiro; Richard
Armitage trazendo o porte e a dignidade inerentes ao anão Thorin; e Martin
Freeman que capturou de uma forma perfeita a personalidade mais recatada de
Bilbo, assim como a sua essência heroica que por vezes vem ao de cima. Os
restantes anões estão simplesmente adoráveis, em particular Dean O’Gorman
(Fili) e Aidan Turner (Kili).
Principais diferenças entre o filme e o
livro:
Sem atribuir
grande relevância a alguns exíguos detalhes que surgem de maneira distinta no
livro, ou às pequenas diferenças na caracterização de algumas personagens (Bilbo
parece muito mais ativo e heroico no filme, Thorin é mais hostil, ganancioso e
pouco distinto no livro), a verdade é que esta adaptação ficou a ganhar com as
opções que Peter Jackson tomou.
Por exemplo,
ao atribuir aos anões como missão principal a recuperação da sua terra de
origem, ao invés do motivo original (reclamar a pilha de ouro roubado pelo
dragão Smaug), tornou esta aventura em algo mais notável e grandioso.
De igual
modo, ao adicionar a história de Thorin e do seu duelo com o Orc Arzog, trouxe mais
conteúdo e emoção do que a típica estrutura do original em que apenas são
inumerados os desafios que o grupo enfrenta. Assim, permite que haja uma maior
empatia com a personagem Thorin, uma maior sensação de suspense ao aguardar pela vingança de Arzog, e torna o confronto
final entre ambos muito mais dramático.
Por fim, o
próprio tom da estória está substancialmente alterado. Enquanto o livro é
conhecido como uma obra mais infantil, o filme é bem mais maduro e apelativo
para qualquer faixa etária. Aliás, muitos dos momentos musicais tão característicos
do livro não foram incluídos na sua adaptação, muito provavelmente porque não
se trata de um musical e assim se mantém um ambiente mais soturno.
Em geral, O Hobbit – Uma Viagem Inesperada constituiu
uma experiência cinematográfica muito agradável. Não é totalmente fidedigno e
provavelmente não agradará aos fãs mais acérrimos de Tolkien, mas consiste numa
excelente fonte de entretenimento para toda a família! Apenas me resta esperar
que as sequelas mantenham este nível!
Balanço final: 8/10
O filme é enorme, mas adorei os efeitos e os actores. Agora, houve partes que foram uma grande grande seca :x
ResponderEliminarLá está, é o problema de quererem estender a estória por 3 filmes, começam a "engonhar" :/
EliminarÉ para fazer render o peixe -.-''
EliminarInfelizmente, it's all about the money, money, money...
ResponderEliminarThey just want our money, money, money...
EliminarEu gostei bastante do filme mesmo havendo algumas cenas uma bocado longas demais. Já vi o segundo e para mim foi muito melhor que o primeiro.
ResponderEliminarBjs :)
Ainda bem, espero que também ache o mesmo quando for ver o 2º :D
EliminarBeijinhos*