"Um Fogo Eterno" de Barbara Keating & Stephanie Keating [Opinião Literária]
Título: Um Fogo Eterno
Autores: Barbara Keating
& Stephanie Keating
Editora: Edições Asa
Coleção: Trilogia
Langani (nº2)
Sinopse:
Hannah, Sarah e Camilla partilharam uma
infância mágica e feliz no Quénia. Anos depois, as três jovens mulheres
regressam às terras altas da África Oriental e àquele que é agora um país
independente.
Hannah luta para preservar a sua memória na
fazenda Langani, alvo de uma série de ataques violentos que ameaçam a sua
segurança e casamento. Sarah está a estudar o comportamento dos elefantes numa
zona perigosa devido à acção de caçadores furtivos, refugiando-se no trabalho
para superar a morte do seu amor de infância. Camilla, um ícone mundial da
moda, abandona a sua carreira em Londres e regressa ao Quénia por amor a um
carismático caçador e guia de safáris. Mas um segredo paira sobre elas. Com a
ajuda de um ambicioso jornalista indiano, elas vão desvendar a verdade por
detrás da morte do noivo de Sarah e dos constantes ataques à fazenda e às suas
vidas. As paixões e provações por que passam estas inesquecíveis heroínas,
unidas uma vez mais pela amizade e pelo amor ao país das suas infâncias, fazem
de Um Fogo Eterno um romance épico e magnífico.
Opinião:
Neste livro
regressamos às vidas de Hannah, Camilla e Sarah, três personagens fascinantes e
cujo quotidiano foi um prazer acompanhar no volume anterior. Iniciando
imediatamente após o acontecimento trágico e revoltante que finalizou o livro
anterior, a estória é construída a partir de um cenário de morte, crime e
mistério. De regresso à fazenda Langani, o leitor terá a oportunidade de
desvendar este enigma que perturbou a vida de todas as personagens. Mais ainda,
verá como estas reconstroem as suas vidas apesar das cicatrizes mais profundas.
Mais uma
vez, as autoras aludem ao sentimentalismo e aos valores fundamentais como a
amizade, a família, a honestidade e o amor. Com uma escrita rica, bem
estruturada e dinâmica, esta é uma narrativa comovente e profundamente tocante.
A melhor
componente continua a ser, sem dúvida, as descrições de África. Neste livro é
possível saborear, cheirar, visualizar os cenários, o exotismo do Quénia. A
nível histórico também se encontra bem desenvolvido, na medida em que aborda fielmente
os conflitos entre os nativos e os “homens brancos”, assim como a contenda
entre britânicos e indianos.
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