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segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

"O Caçador de Almas" de John Darnton [Opinião Literária]


Título: O Caçador de Almas
Autor: John Darnton
Editora: Casa das Letras

Sinopse:
Tyler, um rapaz de treze anos, jaz inconsciente numa cama de hospital após um trágico acidente que lhe danificou o cérebro. O pai permite que dois invulgares cientistas tomem a seu cargo o destino de Tyler. Um deles é um neurocirurgião cujas experiências pouco ortodoxas incluem o uso de computadores para controlar as respostas físicas dos pacientes durante as cirurgias. O outro, é um investigador por conta própria e autor de experiências altamente secretas que visam descobrir a centelha da consciência humana... e capturá-la para sempre.
Juntos, alcançarão um resultado que ultrapassará tudo o que haviam imaginado, fazendo Tyler transpor os limites da ciência médica e enviando-o para um lugar nunca antes visitado e do qual um pai desesperado tentará resgatá-lo...
Um romance científico e tecnológico fascinante. O Caçador de Almas é uma viagem inesquecível ao interior das possibilidades da mente... e da alma humana.

Opinião:
Este é um livro que me deixou dividida quanto à opinião final. As primeiras páginas são excelentes: a descrição da angústia de Scott perante o acidente do filho e o início da ação são cativantes. A própria estrutura do livro é muito boa: dividido em três partes (acidente, operação e recuperação) originam uma leitura mais organizada.
A personagem de Scott inicialmente é bastante emotiva e cativante, com o seu desespero perante a situação do filho. Contudo, ao longo da estória acabei por me distanciar dele, tornando-me indiferente à sua demanda.
De igual modo, nota-se que o autor fez uma pesquisa bastante extensa sobre os aspetos médicos e científicos presentes no livro. Contudo, parece que optou por colocar esta pesquisa toda no meio da ação, o que originou passagens altamente descritivas. Toda esta informação tão compactada e maçuda torna a leitura cansativa e desmotiva o leitor.
Mais ainda, muitas das personagens frequentemente entravam em duas ou três páginas de monólogos introspetivos, chegando a um ponto em que perdia completamente o interesse pelo que estava a acontecer. Na verdade, se o livro tivesse menos páginas não perderia nada e poderia até ter sido uma experiência literária mais intensa e marcante.

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