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quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

"A Rainha no Palácio das Correntes de Ar" de Stieg Larsson [Opinião Literária]


Título: A Rainha no Palácio das Correntes de Ar
Autor: Stieg Larsson
Editora: Oceanos
Coleção: Trilogia Millennium (nº3)

Sinopse:
Lisbeth Salander sobreviveu aos ferimentos de que foi vítima, mas não tem razões para sorrir: o seu estado de saúde inspira cuidados e terá de permanecer várias semanas no hospital, completamente impossibilitada de se movimentar e agir. As acusações que recaem sobre ela levaram a polícia a mantê-la incontactável. Lisbeth sente-se sitiada e, como se isto não bastasse, vê-se ainda confrontada com outro problema: o pai, que a odeia e que ela feriu à machadada, encontra-se no mesmo hospital com ferimentos menos graves e intenções mais maquiavélicas… Entretanto, mantêm-se as movimentações secretas de alguns elementos da Säpo, a polícia de segurança sueca. Para se manter incógnita, esta gente que actua na sombra está determinada a eliminar todos os que se atravessam no seu caminho. Mas nem tudo podia ser mau: Lisbeth pode contar com Mikael Blomkvist que, para a ilibar, prepara um artigo sobre a conspiração que visa silenciá-la para sempre. E Mikael Blomkvist também não está sozinho nesta cruzada: Dragan Armanskij, o inspector Bublanski, Anika Gianini, entre outros, unem esforços para que se faça justiça. E Erika Berger? Será que Mikael pode contar com a sua ajuda, agora que também ela está a ser ameaçada? E quem é Rosa Figuerola, a bela mulher que seduz Mikael Blomkvist?

Opinião:
Após o volume anterior, seria impossível não pegar rapidamente neste livro para descobrir o destino de todas as personagens, principalmente de Lisbeth Salander. Neste livro é revelada toda a conspiração que envolve a sua família, incluindo o seu pai. Por este motivo, grande parte da estória é desenvolvida durante o julgamento, em que argumentos e contra-argumentos voam entre a acusação e a defesa, e em que o leitor é mergulhado em procedimentos policiais e legais. Por vezes isto pode culminar numa leitura maçuda e aborrecida, principalmente pelo facto de a personagem principal passar grande parte do tempo imobilizada no hospital.
Contudo, este livro acaba por focar temas polémicos como a política sueca e o papel da mulher na sociedade ocidental, tomando uma perspetiva interessante e muito bem desenvolvida. O desenlace final é arrebatador, compensando a estagnação da ação no início.
Este volume, apesar de não ter sido pretendido como o último da saga, acaba por atar todas as pontas soltas mais importantes, concluindo de uma forma plausível a saga. A morte trágica de Stieg Larsson foi sem dúvida uma grande perda para o mundo literário, mas esta saga perdurará como uma excelente trilogia policial, com uma das mais cativantes personagens até à data.

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