"O Espelho Quebrado" de Brian Keaney [Opinião Literária]
Título: O Espelho Quebrado
Autor: Brian
Keaney
Editora: Gailivro
Coleção: As Promessas
do Dr. Sigmundus (nº2)
Sinopse:
Governada
pelo tirano Dr. Sigmundus, Gehenna é um país onde as leis devem ser obedecidas
sem questionar e onde ninguém pensa por si. Até sonhar é proibido.
A partir do
momento em que Dante Cazabon, um órfão sem amigos, descobre o Odílio, uma força
com o poder de parar o tempo e de modificar o tecido do universo, ele passa a
liderar uma rebelião que o irá conduzir às fronteiras da vida e da morte, assim
como ao coração do Mal.
Nas
profundezas do Odílio, uma nova espécie de Mal está prestes a nascer: o Espelho
Quebrado. E apenas Dante o poderá deter. Mas, para o conseguir, ele irá
confrontar-se com uma escolha terrível.
Dante está a
monte, Bea é prisioneira e Ezekiel encontra-se ferido. As coisas não parecem
correr nada bem para os Púca...
...E o
cenário irá piorar.
Opinião:
Para a
leitura deste segundo volume tinha grandes expectativas. Não esperava, porém,
que a desilusão fosse tão grande. Esta é uma estória desconexa, confusa e
apressada, que me retirou toda a motivação para ler.
Os
protagonistas mantêm-se unidimensionais e perderam todo o encanto. Safam-se
demasiado rápido de qualquer alhada, sem grande sacrifício. Novas personagens
são adicionadas, que pouco ou nada acrescentam à estória e apenas servem como
adereços.
A estória
não acrescenta nada de novo, os acontecimentos sucedem-se rapidamente e por
vezes sem grande coerência lógica. O autor não parece capaz de escrever com
emoção e, consequentemente, eu, como leitora, não senti qualquer emoção a
lê-lo! Onde está o medo perante os planos malévolos do vilão, a tristeza
perante a morte de personagens, a felicidade quando o bem triunfa? A questão é
essa, não está lá nada disso.
A escrita
básica, sem descrições e diálogos que soam a falso apenas serviram para
potenciar o sabor amargo com que esta leitura me deixou. Sem querer ser maldosa
mas o único aspeto positivo deste livro é o facto de ser pequeno, pois
poupou-me algumas horas de tortura literária. Provavelmente apenas vou ler o
terceiro volume desta saga porque já o comprei, quando me sentir particularmente
masoquista.
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