"Os Reinos do Norte" de Philip Pullman [Opinião Literária]
Autor: Philip
Pullman
Editora: Editorial
Presença
Coleção: Mundos
Paralelos (nº1)
Sinopse:
Mundos Paralelos é uma trilogia mágica e
poderosa, recheada de aventuras, imaginação e mistério. A sua protagonista é
Lyra, uma menina de onze anos que anda sempre na companhia do seu génio. E é
justamente com Pantalaimon que ela irá fazer uma perigosíssima viagem até às
vastidões longínquas do Norte, para tentar desvendar os seus mistérios… Mas a
realidade revela-se assustadora…
Lyra irá conhecer criaturas fantásticas,
feiticeiras que cruzam os céus gélidos, espectros fatais e ursos blindados numa
luta terrífica entre a vida e a morte, o bem e o mal, a sobrevivência ou a
aniquilação do mundo…
Opinião:
Philip
Pullman teve a habilidade de criar nesta obra um universo mágico extremamente
interessante, tendo como pano de fundo a Inglaterra do século XIX, num mundo
muito semelhante ao nosso. No entanto, as parecenças terminam quando surgem
criaturas fascinantes como fadas, ursos blindados e até mesmo génios – seres ligados
aos humanos que assumem formas animais diferentes consoante as emoções da
criança e, posteriormente, adquirem uma forma fixa na adolescência de acordo
com o temperamento da pessoa.
É neste
ambiente que seguimos a estória de Lyra Belacqua, uma menina de 11 anos criada
por Académicos em Oxford que se vê envolvida no meio de uma intriga sobre a natureza
da ligação entre humanos e génios, a origem do Pó e a existência de universos
paralelos. A estória toma um rumo bastante filosófico, abordando conceitos da
teologia de uma forma leve e despretensiosa, adequada ao leitor leigo nestas
matérias. A abordagem de alguns dogmas vigentes da Igreja Católica é
interessante, embora algumas explicações quebrem por vezes o ritmo da
narrativa.
A
protagonista, Lyra, é adorável na sua inocência e admirável pela sua
tenacidade, com uma personalidade leal, voluntariosa e corajosa. Contudo, é a
sua curiosidade e teimosia que a coloca em sarilhos, em especial pelo seu
feitio e pela mania de meter o nariz onde não deve. Mas são precisamente estas
características que a tornam tão especial! A relação com o seu génio,
Pantalaimon, é encantadora e ternurenta e está na base de alguns dos meus
momentos preferidos no livro.
O desenlace
final, por sua vez, é triste e emotivo, mas também algo confuso. Os últimos capítulos
beneficiariam de mais ponderação, pois as descrições tornaram-se difíceis de
acompanhar e o ritmo demasiado frenético, com personagens a entrar e sair de
cena muito rapidamente e sem grande lógica. No fundo, este primeiro volume
acaba por transmitir uma sensação de introdução, abrindo o apetite do leitor
para o próximo livro.
De acordo
com a idade da protagonista, seria lógico classificar esta obra como juvenil.
Tenho que concordar que o teor é substancialmente infantil, mas o conteúdo é
muito mais circunspecto e pertinente do que esperava. Aconselho vivamente a
miúdos e graúdos em igual medida!
Eu já estive para ler esta trilogia mas disseram-me que era confusa mas, depois de ler a opinião vou dar-lhe uma oportunidade.
ResponderEliminarLá está, o final deste 1º volume é confuso, muito apressado, mas ainda não li os restantes para saber se a trilogia inteira é assim (espero bem que não) :/
EliminarMas vale a pena experimentar :)
Ainda só li este primeiro livro. Mas a trilogia está no meu desafio de acabar séries, para ver se acabo para o ano que vem!
ResponderEliminarBeijinho
Também quero ver se acabo esta série em 2014 para o mesmo desafio :)
EliminarBeijinhos*
Eu já li os três livros e gostei muito! Li-os na altura em que saiu o filme (que é das piores adaptações a que já assisti, já agora...) e lembro-me que na altura, a coleção me marcou imenso! Eheh!! Lembro-me que no fim do último chorei... Foi dos poucos livros em que isso aconteceu...
ResponderEliminarBeijinhos!
Ainda bem, já me entusiasmaste acerca desta trilogia :D
EliminarSim, também vi o filme (muito antes de ler o livro, há uns anos) e detestei!!
Beijinhos*