"A Rainha Branca" de Philippa Gregory [Opinião Literária]
Título: A Rainha Branca
Autora: Philippa
Gregory
Editora: Civilização
Editora
Coleção: A Guerra dos
Primos (nº2)
Sinopse:
A história do primeiro volume de uma nova
trilogia notável desenrola-se em plena Guerra das Rosas, agitada por tumultos e
intrigas. Autora de bestsellers internacionais, Philippa Gregory dá vida a este
drama de família através das suas mulheres, começando com a história de Isabel
Woodville, a Rainha Branca.
A Rainha Branca é a história de uma plebeia
que ascende à realeza servindo-se da sua beleza, uma mulher que revela estar à
altura das exigências da sua posição social e que luta tenazmente pelo sucesso da
sua família, uma mulher cujos dois filhos estarão no centro de um mistério que
há séculos intriga os historiadores: o desaparecimento dos dois príncipes,
filhos de Eduardo IV, na Torre.
Através da sua visão única, Philippa Gregory
explora o maior mistério até hoje por resolver, baseando-se numa investigação
perfeita e recorrendo ao seu inimitável talento como contadora de histórias.
Opinião:
Mais uma vez
Philippa Gregory consegue aliar uma notável caracterização histórica a uma
extraordinária e aliciante componente ficcional, produzindo uma obra repleta de
conspirações, intrigas e jogos de poder num reino permanentemente em guerra. A
autora retrata de uma forma brilhante a instabilidade da monarquia inglesa no
século XV, em que nem os laços de sangue impedem a rivalidade entre as Casas Iorque
e Lencastre.
Uma guerra
entre primos que rapidamente se torna numa guerra entre irmãos, com Eduardo IV
e os seus irmãos Jorge, Duque de Clarence, e Ricardo, Duque de Iorque, a
lutarem em lados opostos pelo mesmo objetivo: o trono de Inglaterra.
Assistimos, pois, às batalhas mais sangrentas, às traições mais profundas, às
reviravoltas mais surpreendentes!
É neste
contexto que acompanhamos a vida de Isabel Woodville, uma jovem viúva com dois
filhos que consegue deslumbrar o Rei e assim assegurar a posição social da sua
família. Contudo, Isabel rapidamente aprende que não pode confiar em ninguém. Esta
personagem é retratada de uma forma muito realista, dotada de uma personalidade
forte e uma determinação férrea, sem meios a medir para atingir os seus
objetivos. No final, é confrontada pela própria filha acerca das decisões que
tomou: terá sido a sua própria ambição que selou o desfecho da sua família?
Na verdade,
numa época marcada pela ambição desmedida e disputas pelo trono, ninguém está a
salvo. Nem mesmo quando Isabel assegura um herdeiro para o Rei, o trono de
Inglaterra fica garantido. Isto é comprovado pelo desaparecimento dos dois príncipes,
filhos de Eduardo IV e Isabel, na Torre. Um dos mistérios mais obscuros da história
de Inglaterra, para o qual a autora formula uma explicação plausível e
interessante, mas um mistério que ainda hoje permanece sem resposta…
Uma dos
aspetos mais original desta obra é a alusão a Melusina, uma deusa da água. Isabel,
como sua descendente, é aparentemente dotada de alguns poderes sobrenaturais
que a ajudam a cumprir o seu destino enquanto rainha de Inglaterra. Este
elemento subjetivo de magia e lenda tem um papel fundamental ao longo da
estória e adorna o retrato histórico mais objetivo e factual desta obra. Adorei
este toque místico e supersticioso, tornou o enredo mais apelativo e inovador.
Apesar de
ser um livro algo exaustivo na contextualização histórica e política da guerra,
é também uma das obras mais ficcionais da autora, uma visão bastante romanceada
dos eventos que caracterizaram esta época. Não deixa de ser, contudo, um
retrato intenso do efeito devastador da guerra e das consequências da luta pelo
poder, uma fiel caracterização de uma Inglaterra dividida, cruel e em
permanente mudança.
Estou quase a iniciar este livrinho:) Adorei o Senhora dos Rios.
ResponderEliminarEspero que gostes, é muito bom :)
EliminarQuero ler este livro :)
ResponderEliminarBeijinho
É muito bom, estou mortinha para continuar a saga! :P
EliminarBeijinhos*