"Os Cinco Relógios" de Agatha Christie [Opinião Literária]
Autora: Agatha
Christie
Editora: Edições Asa
Coleção: Obras de
Agatha Christie (nº38) / Hercule Poirot (nº32)
Sinopse:
Seguindo as
instruções que lhe foram dadas, Sheila Webb dirigiu-se a Wilbraham Crescent e
abriu a porta do número 19. No interior da casa encontra o impensável: o
cadáver de um homem desconhecido. Embora tivesse ficado em estado de choque,
Sheila lembra-se de ter ouvido um relógio bater as três horas, o que deixa
Hercule Poirot perplexo. É que os quatro relógios da sala marcavam as 4h13. E
ainda mais estranho, apenas um dos relógios pertencia à dona da casa, que não
contactara a agência de secretariado de Sheila e tampouco conhecia o morto.
"Este crime é tão complicado que só pode ser simples", declara
Poirot. Mas um assassino anda à solta e o tempo está a esgotar-se…
Opinião:
Esta estória
é inicialmente narrada por Colin Lamb, agente dos Serviços Secretos, que acaba
envolvido na investigação de um peculiar homicídio quando uma jovem
estenógrafa, Sheila Webb, solicita a sua ajuda num momento de puro desespero –
a descoberta de um corpo em Wilbraham Crescent, nº19.
Mas este não
é um caso convenvional! Na verdade, pequenos mistérios adensam a trama: o homem
assassinado não é facilmente identificado, a dona da casa, Miss Pebmarsh, não
reconhece os quatro relógios posicionados na sua própria sala que marcam uma
hora muito específica (4h13), a jovem estenógrafa também não havia sido
solicitada por Miss Pebmarsh, e surgem nos inúmeros vizinhos um leque de
suspeitos muito diversificado. Acrescentem a isto uma trama paralela de
espionagem e conspiração e temos um enredo bastante intrincado e complexo!
Apenas o
ilustre detetive belga Hercule Poirot terá o estofo necessário para resolver um
caso assim! Aqui encontramos um Poirot mais envelhecido, mas igualmente
perspicaz. Aliás, este assume a árdua tarefa de desvendar o crime sem sair da
sua poltrona! Gostaria de ter assistido a uma investigação mais dinâmica da
parte do detetive, mas a narrativa de Colin Lamb conseguiu cativar.
Confesso que
a revelação final não foi tão estrondosa como esperava num caso destas
dimensões. Contudo, não consegui desvendar a identidade do assassino, apesar de
ter conseguido determinar a ligação entre algumas das personagens. Um livro ao
nível de excelência de Agatha Christie, mesmo que não tenha lugar no meu top!
Concordo a 100%;) Beijos
ResponderEliminar:)
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