"O Cântico de Natal" de Charles Dickens [Opinião Literária]
Autor: Charles
Dickens
Editora: Bis
Sinopse:
Ebenezer Scrooge é um homem avarento e amargo
que não gosta do Natal. Trabalha num escritório em Londres com Bob Cratchit, um
funcionário pobre, mas um homem feliz, que é pai de quatro filhos por quem
nutre muito carinho, em especial pelo frágil Tiny Tim, o mais novo, que tem
problemas de saúde. Numa véspera de Natal, Scrooge recebe a visita do seu
ex-sócio Jacob Marley, que havia morrido naquele mesmo dia, há sete anos atrás.
Marley diz-lhe que o seu espírito não consegue ter paz, por que não foi bom nem
generoso ao longo da sua vida, mas que Scrooge tem uma hipótese. Para isso,
Scrooge irá receber a visita de três espíritos que pretendem fazer dele uma
pessoa generosa e solidária.
Opinião:
Na época
natalícia não poderia faltar este emblemático símbolo da literatura para
alegrar a consoada e evocar a verdadeira essência do Natal!
O
protagonista desta estória, Ebenezer Scrooge, é o epíteto da ganância e do cinismo.
Um homem amargurado, avarento, cruel e mesquinho, que odeia o Natal e tudo o
que envolva a componente emocional. Dickens caracteriza numa só personagem a
Revolução Industrial, a desumanização em prol da acumulação de poder e riqueza.
Estamos, pois, perante uma notável crítica social, que facilmente pode ser transportada
para os dias de hoje: é impossível negar que o consumismo e a desigualdade
imperam na atualidade, destruindo o genuíno significado do espírito natalício.
Mas este é
um conto de esperança, um hino à quadra natalícia, e, consequentemente, Scrooge
encontrará a redenção após três visitas insólitas de fantasmas (do passado,
presente e futuro, respetivamente) e perceberá finalmente que ao sacrificar a
sua felicidade por ideais materiais acaba por perder mais do que aquilo que
ganha. Assim, descobre a importância de valores como a generosidade, a família
e o amor. Acima de tudo, Scrooge ensina uma valiosa lição: a mudança está
sempre ao alcance de qualquer um, desde que a vontade se sobreponha ao resto.
Por
conseguinte, este é um conto tocante, simultaneamente enternecedor nos valores
que transmite e amargo na caracterização social subjacente, e indubitavelmente pujante
na sua simplicidade! É a escolha ideal para o dia de Natal, junto à lareira, em
boa companhia!
Também li este Natal *_* eeee dei a mesma classificação que tu
ResponderEliminarEstamos em sintonia no espírito natalício :)
EliminarEstamos em sintonia 95% das vezes :p
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